Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 4 de março de 2013

OBL e as jirads pelo mundo

O OSCAR já passou, as premiações foram justas, menos a de diretor que deveria ter ido para Ben Affleck, ele, inclusive, deveria ter sido indicado, os cinemas não tiveram muitas estréias essa semana e, sim, A HORA MAIS ESCURA é bom.
Não conheço a fundo a história da caçada a Osama Bin Laden. Assim como grande parte das pessoas desse planeta lembro de onde estava no dia 11 de setembro de 2001. E, como alguns, acho que entrar em um país aliado, com uma missão secreta e matar um dos residentes não é exatamente a forma certa de agir.
Ou seja, o filme de Catherine Bigelow consegue mostrar como a obsessão, as jirads, as "guerras santas" existem dos dois lados: dos EUA e dos terroristas.
Porque, francamente, a personagem de Jessica Chastain é tão obcecada e focada em prender Osama Bin Laden, aka OBL, quanto os terroristas são em destruírem os EUA.
Obviamente, eu amei a personagem de Chastain. Chegou lá quietinha, calminha, ruivinha e acabou fazendo o trabalho. A coragem, determinação e força dela são admiráveis.
O que não é admirável, em nação nenhuma, é essa história de execução sumária dos inimigos. Ainda acho que Osama Bin Laden deveria ter sido levado à julgamento. 
E, sim, mais uma vez, Bigelow nos dá uma personagem que não tem um lar além da máquina de guerra dos Estados Unidos. 


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Mais filmes

Está em cartaz uma das coisas mais surreais já feitas: ROMEU E JULIETA, versão zumbi. OK, ok, o nome do filme é MEU NAMORADO É UM ZUMBI e, poucas vezes, vi tantas metáforas tão óbvias em minha vida. Tem até a queda de um muro! 
Mas, sabem, o filme é divertido. Bobinho porém divertido e conta com uma das melhores trilhas sonoras já vistas em um filme. Tem até essa música, que tanto gosto:


Para terminar, tenho que falar de O VÔO. Todos aqueles que têm medo de avião vão querer entrar inconscientes em um depois de verem esse filme. Ou podemos sempre fazer um teste do bafômetro com o piloto. rsrs
Tentativa de piada infame à parte, todas a sequência envolvendo o acidente é brilhante. A decolagem me fez suar frio. E estava tudo indo muito bem, até os últimos 10 minutos. Que reviravolta estúpida, não condizente com os personagens ou com a trama! Deu vontade de pedir o dinheiro do ingresso de volta. Denzel Washington, ator brilhante e gato, deveria ter se envolvido no roteiro e impedido que estragassem o filme daquela maneira. Uma pena.


Opções para o Carnaval

Se você, assim como eu, não consegue enxergar a graça que supostamente existe no Carnaval tem algumas opções. Entre elas cito viajar para a Sibéria ou o Alaska, se enfiar em algum canto que não tenha TV, rádio, internet ou ir ao cinema e ver todos os indicados ao OSCAR que, finalmente, estão sendo lançados.
O LADO DO BOM DA VIDA me surpreendeu bastante. Claro que o final é um pouco apressado e como que esquece os problemas psicológicos e psiquiátricos dos personagens. Mas, sabem, isso é um detalhe. Assim como O MESTRE é sobre hipocrisia, esse filme é sobre esperança.
Obviamente, esta que vos escreve apaixonou-se por Bradley Cooper. E ficou mais apaixonada ainda depois de ver isso:


OS MISERÁVEIS é um de meus livros prediletos. Aliás, Victor Hugo é um dos meus autores prediletos. A história de Jean Valjean é uma das tramas mais emocionantes da história da literatura mundial. Quando eu soube do filme, através de um sms de uma amiga querida que adora Hugh Jaclman e Russell Crowe, fiquei empolgada. Mas achava que Crowe seria Jean e não Jackman. Ao ver o filme entendi o motivo da escolha: é muito fácil Javert torna-se um personagem odiado. Por isso a necessidade de um ator do calibre de Russell Crowe. Para mim, de todos os personagens do livro o mais trágico é mesmo Javert. (Assistam ao filme que vocês vão entender.)
E, sim, eu chorei um monte. Me emocionei tudo novamente. E a danadinha da Anne Hathaway vai ganhar um merecido OSCAR por causa disso:


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ainda sobre cinema...

Vi  LINCOLN, de Steven Spielberg, e não achei nada demais. Não é ruim mas também não é bom. Daniel Day-Lewis está correto mas quem rouba mesmo a cena é Tommy Lee Jones. Como eu gosto dele! Que ator bom. Só isso. Ao menos desgostei menos do que achei que desgostaria.


Cinema

Reza a lenda que o filme O MESTRE, de Paul Thomas Anderson, é sobre a Cientologia ou o surgimento desta, como chamarei?, seita.
Bom, que as semelhanças são muitas, isso são. Assim como na vida real, a seita a Causa surge a partir das idéias de um autor de textos quase de ficção científica, temos a figura do líder forte, da impossibilidade de discussão do que ele diz, além da figura secundária das mulheres. Ou seja, bem parecido com o proposto pela "religião" de Tom Cruise...
E é aí que o roteiro é tão inteligente ao mostrar todas as contradições! O MESTRE narra a trajetória de um homem, interpretado pelo maravilhoso Phillip Seymour Hoffman, que acha que desenvolveu um sistema de crenças perfeito. Neste as mulheres parecem ter espaço apenas como procriadoras, vide a figura grávida da personagem de Amy Adams durante grande parte da projeção. Mas quando ela fala notamos quem realmente manda. E, ainda, a principal defensora da Causa é uma personagem feminina também.
A questão do controle é também bem interessante. O Mestre prega que devemos ser controlados e educados não importando o que escutamos. Ele elabora verdadeiros sistemas para tornar qualquer pessoa a mais calma mesmo em mares tempestuosas, só que ao receber críticas age de forma violenta e agressiva, impedindo que o outro fale.
Chegamos, então, ao personagem Freddie, interpretado por Joaquin Phoenix. 
(E, antes de continuar, devo falar como é bom ter Joaquin de volta, fazendo esses papéis de pessoas complexas como ninguém. Fiquei feliz em vê-lo porque é sempre um prazer ver um grande ator fazendo o que sabe de melhor. O papel dele é cheio de nuances e detalhes. Não consigo imaginar mais ninguém que pudesse fazer Freddie tão bem. Talvez o melhor papel da já sensacional carreira de Joaquin.)
Freddie é uma figura errante, que saiu da guerra com uma condição psicológica frágil e viciado em bebidas que ele mesmo fazia, usando coisas como o líquido que servia para revelar fotos. 
Por um acidente do destino, Freddie entra no navio do Mestre e é meio que adotado por ele. Este quer transformar aquele homem perdido e sem nexo em uma pessoa feliz e controlada. Quase como um teste para suas teorias.
Aliás, essa é a racionalização que o Mestre faz e a explicação que dá para todos os seguidores e família quando questionado do por quê de manter Freddie por perto mesmo quando o comportamento dele ameaça seu grupo de pensadores.
Mas a relação não é bem assim. Freddie é a personificação dos desejos do Mestre. Em alguns momentos é tratado como um seguidor da Causa, em outros como um animal de estimação mas, no final, ele é mesmo o amor do criador da Causa. Mesmo quando este diz que, em outra vida, eles serão inimigos mortais está verdadeiramente dizendo que deseja que sejam amantes.
E este, caros leitores e leitoras, é o verdadeiro tema do filme O MESTRE: a hipocrisia. Dizermos que somos o que não somos e, mesmo sabendo que não somos, querermos servir de exemplo para os outros.
Há ainda um outro tema do filme: o quanto somos capazes de pensar por conta própria. Mesmo ao concordarmos com um sistema de crenças devemos sim manter a nossa capacidade de análise e de distinguir o certo do errado. O Bem do Mal. Assim mesmo, com letra maiúscula. 
No final, o que fica d'O MESTRE é uma reflexão profunda sobre o mundo no qual vivemos e de como queremos viver nele. E esta é uma resposta que cada um de nós tem que encontrar.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Filmes, filmes e mais filmes...

Quentin Tarantino é considerado por muitos um louco. Para mim, essa declaração é elogiosa. Eu adoro os filmes dele porque ele pega estilos e tramas conhecidos e muda tudo. Isso, minha gente, é a definição da criatividade: fazer algo comum de forma incomum.
Nesse DJANGO LIVRE, Tarantino fez um faroeste envolvendo uma escrava que fala alemão, um "dentista" da Alemanha e Jamie Foxx interpretando uma versão moderna de Siegfried. Aliás, fica muito difícil definir o personagem Django. Ele é, sim, um herói no estilo clássico, que sai em busca de sua amada. O que, aliás, eu acho sensacional. Adoro esses personagens que parecem saídos de fábulas. Neste caso, inclusive, foi saído mesmo de uma.
Fábula esta muito bem explicada pelo Dr. King, interpretado pelo sempre maravilhoso Christoph Waltz. Que, aliás, rouba todas as cenas. Ele e Leonardo DiCaprio estão ótimos. Tem a sequência envolvendo um aperto de mãos que chega a dar calafrios de tão tensa. Ver Waltz em cena é sempre um prazer indescritível e, apesar de adorar Jamie Foxx, acho que o filme foi "roubado" pelo personagem de Waltz.


Os anos 1980 estão voltando. Ao menos é o que alguns filmes de ação nos querem fazer acreditar.  Posso citar assim, fácil, dois: BUSCA IMPLACÁVEL, com Liam Neeson salvando sua filha enquanto explode Paris; e O FIM DA ESCURIDÃO, com Mel Gibson caçando o assassino de sua filha.
(OK, nem vou me aprofundar na questão de que nesses dois filmes são as filhas as personagens frágeis e vítimas. Sem essa discussão por aqui hoje. Vou deixar para outro dia.)
Pois bem, esse novo filme de Tom Cruise, JACK REACHER, parece saído dos anos 80, como os dois acima citados. Eles são filmes que têm tramas maniqueístas, o herói faz sempre o que é certo, o vilão conta com traços de psicopatia e os atores principais são extremamente carismáticos.
Claro que se ainda tivermos Werner Herzog (!!!) de menino mau e Robert Duvall numa ponta divertidíssima, a experiência cinematográfica fica bastante interessante.
E, vamos e convenhamos, Tom Cruise é estranho mas tem um carisma do caramba. Isso tudo salva o filme e, vou além, o faz valer a pena.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cinema!!!

Gente, juro, o blog não está abandonado. Tanto Vanessa quando eu temos uma série de coisas para escrever aqui.
Eu, claro, vou começar falando sobre cinema. Afinal, andei vendo muitos filmes já que a temporada de estréias dos indicados aos maiores prêmios começou! Adoro essa época do ano.
Vou começar falando de A VIAGEM, dos irmãos Wachowski. Eles são os responsáveis pela aclamada trilogia MATRIX (da qual eu só gosto mesmo do primeiro filme). O filme conta com outro diretor, Tom Tykwer, que fez "apenas" CORRA LOLA CORRA.
Pois bem, esse A VIAGEM é baseado em um livro (CLOUD ATLAS, de David Mitchell) extremamente famoso e bem comentado no exterior. E, do qual, eu nunca tinha ouvido falar :-(
A trama é focada em seis histórias de, como direi sem soar Espírita?, almas e suas diversas encarnações ao longo dos milênios.
Dessas almas, as que mais gostei foram as interpretadas por Tom Hanks e Jim Sturgess. Inclusive, tem uma das encarnações interpretadas por Sturgess, na Coréia do Sul, que é emocionante, com toques de herói romântico. E Donna Bae é uma fofa! Não tem como não gostar dela.
Já Tom Hanks está melhor quando interpreta um médico sem escrúpulos e em um breve momento de insight com uma das encarnações feitas por Halle Berry.
Mas, assim, o elenco todo está bom. Eu destaquei esses dois por questão de espaço mesmo. Jim Broadbent, Halle Berry, Ben Wishaw, James D'Arcy, Hugo Weaving, (...), todos estão maravilhosos. E a trilha sonora é lindíssima.
Sabem o que fica do filme? Sabem o que a gente leva quando a sessão acaba?
Que apenas o amor, a coragem para fazer o bem e a coisa certa e a caridade podem nos salvar.
OK, sei que soei Espírita. Mas é que nessa minha fase de descoberta da doutrina codificada por Allan Kardec, esse filme suscitou muitas emoções. E que venha o livro!
Segue o trailer, que por si só já é bem emocionante:


domingo, 30 de dezembro de 2012

Cinema

Será que vocês vão ter paciência para um enorme post sobre cinema? Espero que sim! :-)
Bom, vi 3 filmes bem interessantes semana passada.
O primeiro foi O IMPOSSÍVEL (THE IMPOSSIBLE), que mostra, com todos os detalhes, o que aconteceu com uma família de pai, mãe e 3 crianças ao serem arrastados pela tsunami de 2006, na Tailândia. Mas, assim, o filme mostra com todos os detalhes. São minutos de extrema agonia acompanhando a personagem de Naomi Watts tentando não se afogar, chegar até o filho mais velho ou sobreviver em um hospital super-lotado.
Confesso que fiquei muito aliviada quando o filme acabou. Porque já não aguentava mais tanto sofrimento. Fora que saí do cinema querendo ir direto me matricular numa escola de natação para aprender a nadar o quanto antes!
Concordo em parte com uma amiga que diz que esse é, quase, um filme para TV sobre sobreviventes de uma tragédia. Mas acho que ao ter o elenco que tem, Ewan McGregor e Naomi Watts, além de uma ponta emocionante de Geraldine Chaplin, a história ganha maior destaque. E nos faz pensar, e pensar muito, que nós, humanos, temos força nenhuma contra a Natureza. E, apesar de muito frágil, a nossa vida pode encontrar uma força enorme frente às adversidades. Gostei. Foi uma experiência angustiante mas gostei.


Quando cheguei em casa resolvi baixar um filme que sempre tive vontade de ver: O SENTIDO PERFEITO (THE PERFECT SENSE), com Eva Green e Ewan McGregor. Sim, sim, Ewan é um de meus atores prediletos. rsrs
A história é sobre uma doença misteriosa, sem causa aparente, que faz a população do mundo sofrer alterações de humor fortíssimas mas por períodos determinados de tempo e, em seguida, perdemos um dos sentidos. Em meio a isso tudo, o personagem de Ewan (chef em um restaurante) conhece a personagem de Green (epidemiologista tentando entender a doença e, não, ela não me convenceu como cientista) e se apaixonam. 
Óbvio que o filme é uma metáfora sobre o amor romântico. E, claro, cada um que assistir vai achar uma coisa. Eu acho que, apesar de terminar de forma sombria, a história é esperançosa. Não vou comentar mais. Assistam. Foi um dos filmes mais legais que vi esse ano.


Ang Lee é um dos meus diretores prediletos. São dele filmes tão diferentes quanto RAZÃO E SENSIBILIDADE, CAUTION LUST, O TIGRE E O DRAGÃO, BROKEBACK MOUNTAIN e HULK, aquele com Eric Bana. 
Mas, acho, que todos eles têm uma coisa em comum que é a benevolência - generosidade mesmo - com a nossa condição humana de seres falhos tentando viver em um mundo hostil e da melhor forma possível.
Pois bem, esse AS AVENTURAS DE PI (LIFE OF PI) é bem um resumo disso, só que, dessa vez, o tema de fundo é a fé. 
(Claro que eu não acho que a fé seja apenas uma forma mais generosa de olharmos para o mundo, como um filtro de foto de Instagram, por assim dizer. Acho que a questão de acreditar é mais profunda do que a da mera escolha. Mas, sim, a fé também é isso.)
O filme é contemplativo em alguns momentos, afinal, Lee é chinês. E os filmes chineses são repletos de momentos assim, como nas muitas sequências de espaços com água refletirem como espelho o céu. Visualmente PI é perfeito. Fora que o elenco foi muito bem escolhido. Gerard Depardieu aparece em uma única cena, e como foi importante que ele tenha sido escolhido para interpretar o cozinheiro, principalmente quando escutamos algo já no final do filme.
Tirando o final extremamente simplista, o filme é uma experiência cinematográfica muito interessante. 
Aliás, o final me lembrou de DESEJO E REPARAÇÃO, que tem na escolha da narrativa do que vivemos uma forma de salvação ou redenção. Só que no filme baseado no livro de Ian McEwan a discussão é bem mais profunda e nos deixa com um gosto amargo na boca. Sinto que isso faltou no filme de Ang Lee.



Notinha: o autor de LIFE OF PI, Yann Martel foi acusado de plagiar uma história do nosso Moacyr Scliar. Pelo o que andei lendo a coisa foi séria. E resultou em uma conversa entre os dois autores e com Martel tendo feito, depois da descoberta do "plágio", uma dedicatória ao nosso autor. Confesso que isso tirou grande parte de minha vontade em ler o livro do indiano. Vou comprar o de Scliar agora. :-)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ao ar livre...

Vamos brincar de atualizar isso aqui?
Bom, espero que o Natal de vocês tenha sido lindo. O meu foi ótimo. Acho que tenho que malhar por uns 6 meses para queimar tudo o que consumi em 3 dias. Mas, bom, coisas da vida. rsrsrsrs
Hoje quero falar de dois eventos ao ar livre que fui aqui em Recife neste ano.
O primeiro foi o VIVO OPEN AIR.
Basicamente  eles escolheram um ponto da cidade, bem perto do Recife Antigo, e construíram a mais gigantesca tela de cinema que já tive a alegria de ver. E não foi apenas isso: os lugares poderiam ser espreguiçadeiras ou poltronas de cinema. Escolhemos as poltronas, e em um lugar bem alto, para vermos a tela inteira.
E que coisa maravilhosa foi ver o já clássico (e que melhora com o tempo) BACK TO THE FUTURE com imagem e som perfeitos, e ao ao livre, em uma deliciosa noite de Recife.
Para quem gosta de cinema, vale muito a pena. O preço é salgado mas é muito bom. Uma experiência e tanto. Abaixo tem o vídeo com o momento no qual a tela sobe. Priceless.


No dia 25, fomos ver o BAILE DO MENINO DEUS. Em poucas palavras, ele é um auto de Natal, ou seja, usando elementos tradicionais do teatro ibérico, as peças divertem mas tentam, concomitantemente, nos ensinar aspectos morais da cultura cristã. Neste emocionante espetáculo exibido no Marco Zero do Recife, de graça, temos a busca pela figura do Menino Deus e de como esse nascimento deveria ser diário em nossos corações.
Mesmo que você não seja cristão vai gostar desse espetáculo. Afinal, repleto de elementos de nossa cultura, assisti-lo dá aquela sensação de volta para casa, de quando éramos crianças e nossas avós nos contavam histórias. Não tem como não gostar.
E o fato de ser ao ar livre, naquele lugar lindo que é o Marco Zero, torna tudo mais emcionante. Só vou dar uma dica: quando forem ano que vem levem suas cadeiras ou cheguem bem cedinho para conseguirem pegar um dos muitos lugares.
Abaixo tem um vídeo com Silvério Pessoa cantando uma das músicas do auto. 


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Filmes para o fim do mundo...

Já que a piada do ano é o suposto final do mundo no dia 21 de dezembro, esta sexta-feira, resolvi fazer uma seleção básica de filmes catastróficos, angustiantes e até engraçados sobre o final do mundo.

Comecemos pelo excepcional A ESTRADA, baseado no não menos brilhante livro homônimo de Cormac McCarthy. A trama segue dois personagens (pai e filho) que depois de alguma catástrofe, que nunca fica realmente explicada, vão em direção ao sul dos Estados Unidos, em busca de condições melhores de sobrevivência. O filme é uma das coisas mais emocionantes que eu já vi. E ainda tem Viggo Mortensen, o Rei.




Danny Boyle (genial! genial!) já se arriscou em lidar com situações de fim de mundo. Em 28 DIAS acompanhamos o personagem de Cillian Murphy que sai do coma em um hospital abandonado às pressas, numa Londres vazia. As cenas daquela cidade tão pulsante vazia são terríveis, de doer o coração. Ao longo da trama vamos descobrindo que um certo vírus transformou as pessoas em seres raivosos e sem racionalidade alguma. Um dos filmes mais tensos que já vi.


Cineastas norte-americanos adoram jogar asteróides em nosso planetinha pálido ponto azul. ARMAGEDON, para mim, é uma bobagem sem tamanho. Mas IMPACTO PROFUNDO é muito bem feito, divertido e verdadeiramente angustiante. Afinal, que tecnologia temos para nos defendermos de um asteróide vindo em nossa direção. Nenhuma, caros leitores. De brinde ainda temos uma onda gigante engolindo Téa Leoni (entendam: eu sou eXcer e ela é casada com Duchovny) e Frodo antes de ser Frodo.


Tim Burton é um diretor muito criativo. E, na visão dele, o mundo acabaria com uma invasão de marcianos bem divertidos. Um dos filmes mais engraçados que já vi na vida. Se rever hoje vou rir tudinho novamente. Ainda temos Natalie Portman antes de CLOSER, BLACK SWAN e tudo de sensacional que ela já fez. E Jack Nicholson como o melhor presidente que os Estados Unidos já tiveram. rsrsrsrsrs


Nicolas Cage é um bom ator. Sério mesmo. Eu gosto dele atuando. E é em um desses filmes (PRESSÁGIO) que temos um verdadeiro final do mundo. Daqueles que não sobra nem o planeta Terra. Tirando a sequência final que quase me fez pedir o dinheiro do ingresso de volta, o filme levanta umas questões interessantes sobre o destino e a vida e ainda vai fundo na teoria de que a vida por aqui veio de fora. Uma coisa meio A VERDADE ESTÁ LÁ FORA, sabem. Mas, no final, é um filme bem interessante e que foi subestimado, o que é uma pena.


Não! Eu jamais esqueceria do sensacional O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS. A já clássica série de livros de Douglas Adams conta com um alienígena hilário, um humano sem-noção (o nosso Martin Freeman, aka, Bilbo Baggins) e um robot deprimido. Basicamente aquele típico humor inglês nonsense que é tão inteligente (e que eu adoro). Na história o nosso planetinha é "demolido" para a construção de uma auto-estrada galática. OK, não entrem em pânico e assistam ao filme porque vale a pena.


E, claro, para terminar temos 2012. O filme é uma besteira sem tamanho em termos de conhecimento científico. Eu acho que nunca ri tanto em minha vida com aquela história do núcleo da Terra sendo derretido. Mas ele mostra o nosso planetinha sendo arrasado e as cenas são incríveis! No final, cinema é imagem, né. Fora que tem o meu, o seu, o nosso amado John Cusack. Ou seja, como não amar esse filme? Guilty pleasure total.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Rostos e cinema

http://vimeo.com/46767459

Cliquem nesse link. Nesse há 105 closes belos do cinema. Claro que faltaram muitos, como Takeshi Kaneshiro em uma das cenas mais lindas de PERHAPS LOVE. Contudo, como reclamar quando há muitos closes de filmes de Wong Kar-Wai e termina com OLDBOY

Emocionante.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sobre porcos-espinhos

Eu estudo Francês e tenho a sorte de ter uma professora extremamente culta e interessada em nos fazer entrar em contato com aspectos da cultura dos países francofones. Foi com ela que descobri um grupo musical chamado PARIS COMBO (falo sobre ele em outro post).
Mas, no último sábado, ela se superou ao levar para nós o filme LE HÉRISSON ("O PORCO-ESPINHO), de 2009 e baseado no romance L'ÉLÉGANCE DU HÉRISSON, de Muriel Barbery (que acabei de comprar).
O filme segue Paloma, uma menina de 11 anos inteligente, precoce e suicida. Ela resolve que o que importa não é quando você morre mas o que você está fazendo ou prestes a fazer nesse momento. Assim, Paloma decide que vai fazer um filme e terminá-lo até o dia que escolheu para morrer.
E o tema? Os moradores de seu prédio de apartamentos de luxo, começando com a sua família e passando pelos dois mais interessantes: o novo morador japonês e a concierge.
Chegamos, assim, na personagem mais sensacional que vocês possam imaginar. Renée é viúva, tem 54 anos e aparentemente é a concierge perfeita. Mas, em seu apartamento, há um quarto fechado e repleto de livros. E esse canto/esconderijo define quem é Renée.
(Entendo completamente quando Paloma, completamente encantada pela personalidade de Renée, diz que no futuro quer ser concierge).
Ela é a mulher que não vive além de seus livros. Toda a vida dela é construída ao redor deles. Até que esse novo morador japonês chega e reconhece em Renée algo que ela nem lembrava mais que era: mulher. E uma mulher bastante interessante, elegante, bonita, inteligente...
Renée, então, encontra a vida. Melhor, a joie de vivre, a alegria de viver. Por isso a metáfora com o livro ANNA KARENINA. Anna largou todo o status de seu mundo de aparências para viver uma emoção real.  Infelizmente ela estava sozinha nisso, porque o interesse de Vronski era em outra coisa e não em um amor heróico que vence qualquer dificuldade.
Mas discorro sobre aspectos do filme que fogem do que queria escrever aqui. 
Poucas vezes vi um filme que tenha me emocionado tanto. Lembro apenas de EL SECRETO DE TUS OJOS, a trilogia O SENHOR DOS ANÉIS, ÉDEN À L'OUEST e AMORES EXPRESSOS terem me emocionado tanto.
Sem dúvidas, LE HÉRISSON é um dos cinco melhores filmes que já vi em minha vida.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Só o cinema salva

Fui ver ARGO sem saber quase nada da história. Claro que fiquei surpresa, logo no início, com a legenda de que ele é baseado em fatos reais. 
E a surpresa tornou-se abestalhamento quando expuseram o plano de tirar seis diplomatas americanos do Irã, em 1979, usando bicicletas. Assim: cada um ia pedalando por mais de 100 quilômetros até a fronteira com a Turquia durante o inverno com neve (!!!). Isso era ideia de homens da CIA e do Departamento de Estado dos Estados Unidos...
Aí, veio um agente da CIA com um plano mirabolante, estapafúrdio, estranho e engraçado envolvendo a produção de um filme de ficção científica falso. Segundo o agente em questão, esse era o melhor plano ruim.
Honestamente, eu fiquei tão descrente de que essa trama pudesse ser baseada em fatos reais que vim pesquisar quando cheguei em casa. E, bom, a história é verídica. Sério mesmo.
Tudo acontece no início de 1980 quando seis americanos, que fugiram da invasão popular à embaixada dos Estados Unidos no Irã e refugiaram-se na casa do cônsul do Canadá neste país, precisam ser retirados sem que ninguém do governo ou polícia do país descubram. Caso fossem pegos, seriam tortura e morte certas.
Assim, o governo americano começa a criar planos e estratagemas para realizar o resgate. É aí que entram o hilário projeto do passeio de bicicleta e a opção menos ruim da produção de um filme de ficção científica.
Pois bem, eles não apenas conseguem criar uma produção cinematográfica falsa, com direito a momentos inesquecíveis entre os ótimos Alan Arkin e John Goodman, como convencem o governo do Irã de que estão querendo rodar um filme no pais, mesmo com ele em guerra. E, bom, o final vocês conferem porque vale a pena ver o filme.
E, aqui, faço o meu momento mea culpa: Ben Affleck pode ser bom ator. Pode mesmo. Ele consegue transmitir emoção! Mais, ele é um baita de um diretor. ARGO foi dirigido por ele e que direção belíssima. O filme é tenso quando tem que ser, é emocionante quando tem que ser e que reconstituição de época! Eu fiquei surpresa. Altamente indicado.
Goodman, Arkin e Affleck em cena.

P.S.: Antes de ARGO passou o trailer de um filme bem interessante. Não decidi ainda se vou ver, afinal, quedas de aviões nunca são legais. Mesmo com Denzel, questiono o quão saudável e tranquilizador será, para mim, ver esse filme. rsrsrsrs

sábado, 3 de novembro de 2012

Bond, James Bond

James Bond é o meu agente secreto predileto. Eu confesso que acho Jason Bourne massa também mas nada nem ninguém supera o sotaque britânico, os ternos alinhados e o charme. Deus salve a Rainha! :-)
Sean Connery é o Bond definitivo. (Não, eu nunca gostei de Pierce Brosnan no papel.) Mas Daniel Craig... nossa! Eu torci o nariz quando ele foi escolhido para ser 007 mas, depois de ver CASINO ROYALE, fiquei fascinada.
Fora que este é um filmaço de ação e mostra um Bond mais palpável. Eu nunca gostei daquelas coisinhas como canetas que explodem e tal. Tudo bem que o filme que veio depois foi fraco, fraco. Tão fraco que nem lembro do nome dele. Mas o primeiro Bond com Daniel Craig é sensacional.
Mas esse SKYFALL acertou em tudo. Desde da música-tema linda cantada pela minha querida Adele, até o vilão ensandecido interpretado por Javier Bardem. Ele, inclusive, rouba todas as cenas.
Aliás, o elenco todo é muito bom. Temos Ralph Fiennes, Ben Winshaw, Naomie Harris e Albert Finney. Além da maravilhosa Judi Dench repetindo o papel de M.
Acho que nenhum dos filmes de Bond trouxe tantas informações sobre a origem dele. Mas, no final, eu gostei disso. Gostei mesmo. Talvez o melhor filme de James Bond já feito. Vão ver.

Foto da melhor cena do filme. rsrsrs Assistam que vocês vão entender ;-)


E aqui um vídeo com a música tema do filme, na voz de Adele.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

"Luís, respeita Januário..."

Eu tenho tantas coisas para falar aqui que nem sei por onde começar. Não, sei sim. rsrsrs Vou falar sobre cinema.
Fui assistir GONZAGA - DE PAI PARA FILHO e saí do cinema surpresa, emocionada e feliz.
Poucas vezes vi um filme no qual nós, pernambucanos, podemos nos reconhecer. A linguagem, o sotaque, o jeito de falar, as músicas, tudo nos faz nos sentirmos em casa. 
E, na verdade, o filme conta a história de três gerações de homens da família Gonzaga: Januário, Luís e Ganzaguinha. Não é "apenas" uma cine-biografia de Gonzagão.
Januário consertava sanfonas em Exú e foi quem ensinou o filho a tocar. Esse filho virou Luís Gonzaga, o Rei do Baião e autor de coisas belíssimas como o Hino do Nordeste, a música ASA BRANCA:
Já o neto de Januário, filho de Luís, viria a ser Gonzaguinha. Sim, sim, aquele Gonzaguinha iluminado que escreveu uma das músicas mais otimistas do mundo:
O filme tem suas falhas como deixar de contar coisas achando que nós já sabemos. Os roteiristas partem do princípio de que todo mundo já conhece a história de Gonzaga e Gonzaguinha. Isso deixa buracos na trama, como o que aconteceu com Januário e a mãe de Luís, Santana, quando saem da casa do filho e de Helena. Mas ele tem 5 pontos fortes:

1 - O jeito que mostra a nossa cultura;
2 - A trilha sonora que é obviamente sensacional;
3 - O elenco, com destaque para os atores que fazem Gonzaga e Gonzaguinha;
4 - Cláudio Jaborandy dando show como Januário;
5 - E a própria história da família Gonzaga.

Ou seja, os pontos positivos são bem maiores e mais fortes do que os negativos. E o filme é bonito, mas tão bonito que emocionada demais. A música final me deixou arrepiada. Que filme mais do que indicado!

domingo, 28 de outubro de 2012

Eu também falo baleiês!

Mais uma vez venho aqui para falar de cinema. Aliás, assunto que amo de paixão desde sempre :-)
Fui com Vanessa e Vinicius, irmão dela, assistir à versão 3D do lindo PROCURANDO NEMO. Não cheguei a ver o filme no cinema, quando do lançamento há quase dez anos, mas, desta vez, não perdi a oportunidade.
A história é a mesma: pai sai pelo imenso mar em busca do filho que foi "sequestrado" por dentista australiano. Nessa jornada ele acaba encontrando uma peixinha com problemas de retenção de memórias recentes, tartarugas surfistas, tubarões que querem ser vegetarianos, alguns pássaros bem interessantes e por aí vai. Acima de tudo, ele acaba encontrando o mundo, a vida e entendendo o seu filho.
O filme ficou ainda mais lindo nesta versão em 3D. A sensação é de como se realmente estivéssemos lá no mar com todos aqueles personagens encantadores. 
E como não amar se sentir no mesmo ambiente de personagens tão adoráveis? Impossível. Por cerca de 90 minutos, eu voltei a ser criança. (Sim, os tubarões que querem parar de comer peixes ainda são os melhores. rsrsrs)

domingo, 14 de outubro de 2012

Cineminha...

Olá, pessoas queridas! Hoje eu vou falar de cinema. 
Vi dois filmes recentemente que são muito diferentes entre si mas que têm algo em comum: são divertidos.
O primeiro é a ficção-científica LOOPER, que tem no elenco Joseph Gordon-Levitt e Bruce Willis. Aliás, os dois fazem o mesmo personagem em estágios diferentes da vida. E a maquiagem usada fez Joseph realmente parecer com Bruce. É impressionante porque até o olhar está igual! 
Bom, o filme usa o sensacional conceito de viagens no tempo para contar uma história que mistura grupos criminosos, assassinatos e um menininho assustadoramente surpreendente. Eu tenho umas três teorias diferentes para a trama. E uma certa aparição, durante uma queda, que não deve ter mais de 5 segundos, me faz ter uma outra série de questionamentos sobre a trama. 
Mas, no final, acho que o filme é uma boa metáfora sobre a vida e os círculos viciosos que alimentamos porque temos medo do desconhecido e do novo. A trama é bem sobre isso: a vida só exige coragem para tentarmos o diferente e mudarmos tudo. Como um certo personagem faz com apenas um tiro. FILMAÇO. (E, sim, eu adoro Bruce Willis.)
ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE conta com um elenco que nos consegue fazer rir ao narrar uma trama com situações totalmente "nonsenses". O filme é besta? Com certeza. Mas há cenas dele, como todas que envolvem um certo boneco, que me fizeram chorar de rir. A dupla criada por Leandro Hassum e Kiko Mascarenhas rouba todas as cenas. Os dois são ótimos. Eu acho que vale a pena uma conferida. Algumas vezes rir é o melhor remédio.

domingo, 30 de setembro de 2012

Deus salve a Nova Zelândia!!!

Quando vi O SENHOR DOS ANÉIS - AS DUAS TORRES parei e me perguntei que ator era aquele que estava ali como Éomer. Claro que fui pesquisar e descobri que o nome dele é Karl Urban, nasceu na Nova Zelândia e já tinha feito participações em XENA. rsrsrsrsrsrs 
Depois de THE LORD OF THE RINGS, ele fez A SUPREMACIA BOURNE, a nova versão de STAR TREK e, mais recentemente, DREDD.
Não, esse último não tem nada a ver com aquele filme bizarro e ruim estrelado por Stalone há alguns anos. Esse DREDD é claustrofóbico, agoniante, extremamente violento e tem Lena Headey (vulgo "Cersei"), como vilã.  E como ela é má no filme! Assustador o que ela faz! Ma-Ma faz Cersei parecer uma santa. Juro!
Mas, acho, a grande questão que o filme levanta é até que ponto as forças oficiais e legais de segurança podem ir na aplicação da lei. Ou seja, o que é justiça e o que é o antigo "olho por olho e dente por dente". 
Eu acho que Dredd é um tantinho adepto da Lei de Talião, já a novata tem um senso de justiça mais apurado. Um filme bem interessante. E como Urban está bem! O rosto dele não aparece por completo em nenhum momento mas, mesmo assim, sentimos todas as emoções do personagem.
Dredd e a "Novata" (Olivia Thirlby, que fez JUNO).
Karl Urban por completo ;-)

domingo, 23 de setembro de 2012

O dia no qual Lincoln caçou vampiros

Timur Bekmambetov é um diretor de cinema russo que fez dois dos filmes mais estranhos e divertidos dos últimos anos: GUARDIÕES DA NOITE e GUARDIÕES DO DIA. Já em Hollywood, ele criou O PROCURADO que de tão exagerado é divertido.
Já Seth Grahame-Smith é um escritor que gosta de fazer releituras de livros clássicos e biografias. São dele ORGULHO E PRECONCEITO E ZUMBIS e ABRAHAM LINCOLN: CAÇADOR DE VAMPIROS. O primeiro eu li e ri de chorar de tão absurdo que é!
Aí, alguém teve a idéia de juntar Bekmambetov e Grahame-Smith (atuando inclusive como roteirista) e fazer a versão de cinema de ABRAHAM LINCOLN: CAÇADOR DE VAMPIROS. Ou seja, exagerado mais exagerado é igual a filme exagerado.
O filme é simplesmente nonsense. Eu ria toda vez que via Abe com um machado afiado na mão matando vampiros sanguinários e muito do mal. Afinal, sempre tive uma imagem de Lincoln humanista e político importante na busca pela igualdade e liberdade de todas as etnias. Nem vou mencionar a bizarrice da sequência envolvendo cavalos porque só vendo para crer rsrsrsrsrsrs
E é isso, esse filme não é para ser levado ao sério, não se leva a sério e propõe algo estranhíssimo. Mas eu gostei do resultado. Talvez seja uma das únicas pessoas do mundo que tenham gostado mas gostei. Ri o filme inteiro. E, sabem, as vezes nós só precisamos disso: um pouco de nonsense para a vida ficar mais divertida.

sábado, 15 de setembro de 2012

Bourne

Eu sou cinéfila desde que me entendo por gente. E, claro, adoro trilogias. Amo como um arco histórico pode ser contado em três partes, repleto de reviravoltas e mantendo o interesse do público. Desta forma, STAR WARS, O SENHOR DOS ANÉIS e A TRILOGIA BOURNE são ótimos exemplos desse tipo de narrativa cinematográfica.
No caso específico de A TRILOGIA BOURNE, nos deparamos com um homem sem memória, sendo perseguido por pessoas poderosas e repleto de questões existenciais sobre a culpa por algo que fez.
Só o tema da ausência de memória é suficientemente fascinante para manter todo mundo grudado na história, afinal, somos uma coletânea das experiências que vivemos e como as revivemos através de nossa memória. Imagine esquecer quem você é. Imaginou? Desesperador, né?
Junte-se a esse tema, um elenco repleto de gente competente como Matt Damon no papel principal, Franka Potente como Marie e coadjuvantes do peso de Julia Stiles, Daniel Brühl, Albert Finney, Chris Cooper, Clive Owen e a sensacional Joan Allen, cenas de perseguição brilhantemente planejadas e executadas e uma história que nos interessava... e temos uma trilogia das boas. Aliás, das melhores!
Pois bem, inventaram de pegar essa trama já tão querida e darem continuidade para ela. Não com Jason Bourne, mas com os mesmos elementos: homem que é espião/soldado super-treinado, perseguido pelo governo que serviu e tendo que entender o que vive para salvar a sua vida.
Juro que a ideia é boa e até razoavelmente executada nesse O LEGADO BOURNE (em cartaz em todo o Brasil). Afinal, temos no elenco o sempre surpreendente Jeremy Renner e a magnífica Rachel Weisz, além de Edward Norton e mais um bando de bons atores. Só que, em alguns momentos, parece que escolheram os melhores momentos dos filmes anteriores e deram um jeito de recriar. Acho, ainda, que no início do filme é bastante importante conhecer a trama da trilogia anterior.
Contudo, e apesar de tudo, fiquei com gostinho de quero mais. Eu gosto de ver Jeremy Renner atuar e adoraria vê-lo com mais tempo em tela para desenvolver o personagem Aaron. Sim, O LEGADO BOURNE é inferior aos filmes da trilogia original, mas eu sou daquelas que gostam de personagens, e não apenas de tramas, e quero ver mais de Aaron!
No mais, foi ótimo escutar EXTREME WAYS, de Moby, novamente associado a um filme que envolve o universo Bourne.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...