terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Filmes, filmes e mais filmes...

Quentin Tarantino é considerado por muitos um louco. Para mim, essa declaração é elogiosa. Eu adoro os filmes dele porque ele pega estilos e tramas conhecidos e muda tudo. Isso, minha gente, é a definição da criatividade: fazer algo comum de forma incomum.
Nesse DJANGO LIVRE, Tarantino fez um faroeste envolvendo uma escrava que fala alemão, um "dentista" da Alemanha e Jamie Foxx interpretando uma versão moderna de Siegfried. Aliás, fica muito difícil definir o personagem Django. Ele é, sim, um herói no estilo clássico, que sai em busca de sua amada. O que, aliás, eu acho sensacional. Adoro esses personagens que parecem saídos de fábulas. Neste caso, inclusive, foi saído mesmo de uma.
Fábula esta muito bem explicada pelo Dr. King, interpretado pelo sempre maravilhoso Christoph Waltz. Que, aliás, rouba todas as cenas. Ele e Leonardo DiCaprio estão ótimos. Tem a sequência envolvendo um aperto de mãos que chega a dar calafrios de tão tensa. Ver Waltz em cena é sempre um prazer indescritível e, apesar de adorar Jamie Foxx, acho que o filme foi "roubado" pelo personagem de Waltz.


Os anos 1980 estão voltando. Ao menos é o que alguns filmes de ação nos querem fazer acreditar.  Posso citar assim, fácil, dois: BUSCA IMPLACÁVEL, com Liam Neeson salvando sua filha enquanto explode Paris; e O FIM DA ESCURIDÃO, com Mel Gibson caçando o assassino de sua filha.
(OK, nem vou me aprofundar na questão de que nesses dois filmes são as filhas as personagens frágeis e vítimas. Sem essa discussão por aqui hoje. Vou deixar para outro dia.)
Pois bem, esse novo filme de Tom Cruise, JACK REACHER, parece saído dos anos 80, como os dois acima citados. Eles são filmes que têm tramas maniqueístas, o herói faz sempre o que é certo, o vilão conta com traços de psicopatia e os atores principais são extremamente carismáticos.
Claro que se ainda tivermos Werner Herzog (!!!) de menino mau e Robert Duvall numa ponta divertidíssima, a experiência cinematográfica fica bastante interessante.
E, vamos e convenhamos, Tom Cruise é estranho mas tem um carisma do caramba. Isso tudo salva o filme e, vou além, o faz valer a pena.


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