domingo, 2 de dezembro de 2012

Das coisas toscas que vemos por aí...

O livro, para mim, é um objeto sagrado. E, não, ele não é apenas uma coleção de páginas com letras impressas. Por mais piegas que pareça, um livro é, sim, um mundo novo, fonte de conhecimentos, rota de fuga de problemas, seu melhor amigo, seu companheiro de aventuras e por aí vai. Com um livro, por exemplo, podemos ir para a Terra-Média ou aprender com os maiores pensadores da humanidade.
Livros são, ainda, objetos sensoriais, sensuais. Um novo livro, um copo de café e pronto! Não se precisa de mais nada para o dia ser perfeito.
Além, é claro, daquele prazer inominável de se entrar em uma livraria e ficar olhando as belas edições de histórias já conhecidas ou de ainda por serem lidas. Eu amo pegar em livros, cheirá-los, analisar a qualidade do papel, o cuidado da edição. Adoro passear pela CULTURA ou pela SARAIVA!
Mas, acima de tudo, se tem uma coisa que esse instrumento cultural mais faz é ampliar horizontes. Livros nos fazem ver a vida com outros olhos. E, isso, é sensacional. Não tem preço mesmo.
Não estou nem falando de inteligência. O papo aqui é sobre desenvolver e refinar a capacidade de interpretar o mundo no qual vivemos. Entender mesmo o que está acontecendo e ter uma opinião que vá além do simples "eu acho que".
Pois bem, estávamos uma amiga e eu passeando pelo novo shopping da cidade, quando resolvemos entrar na LIVRARIA CULTURA. Assim que botamos os pés lá nos deparamos com uma cena tosca (para dizer o mínimo!). Uma adolescente de seus 13 anos queria comprar livros e a mãe da menina negou. Aos gritos disse que ela só poderia levar dois: um de Natal e outro de Ano Novo. 
OK, todos nós sabemos que livros são coisas caras mas, naquele caso e pelo modo como as duas estavam vestidas, o problema não parecia ser dinheiro mas sim a prioridade do que comprar. Tenho certeza de que se a menina tivesse pedido, sei lá, mais uma calça jeans a mãe teria comprado. Mas, não, por ser livro e por achar besteira ela negou.
Tanto eu quanto minha amiga ficamos aturdidas com a situação. Andrea, inclusive, quis ir lá e dizer que compraria os livros que a menina queria. Mas por temer a reação daquela mãe que negou livros aos gritos para a filha preferi que ela não se envolvesse.
Pois bem, caros leitores, essa foi a cena mais estranha que vi nos últimos tempos... Uma adolescente pedindo livros e a mãe negando por achar que seria jogar dinheiro fora!
Sem mais por hoje.

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