A minha filhotinha tem 21 anos e tem por hábito me acordar às 3:30 da manhã para ganhar carinho. (Sim, eu acordo, aliso a barriga dela, a orelha direita e ela volta a dormir.)
Eu digo que sou a "mãe" dela mas, na verdade, sou a "humana de estimação" de minha felina. Ouvi essa expressão no JORNAL DA GLOBO, na Coluna de Nelson Motta (link aqui) e sou obrigada a concordar.
Quem tem gato em casa sabe do que estou falando: eles mandam na gente, e como são cheios de personalidade mas muito fofinhos, nós obedecemos e adoramos obedecê-los.
Em um de seus sonetos, Vinicius de Moraes dizia:
Um gato vivo é qualquer coisa linda
Nada existe com mais serenidade
Mesmo parado ele caminha ainda
As selvas sinuosas da saudade
De ter sido feroz. À sua vinda
Altas correntes de eletricidade
Rompem do ar as lâminas em cinza
Numa silenciosa tempestade.
Por isso ele está sempre a rir de cada
Um de nós, e a morrer perde o veludo
Fica torpe, ao avesso, opaco, torto
Acaba, é o antigato; porque nada
Nada parece mais com o fim de tudo
Que um gato morto.
Nada existe com mais serenidade
Mesmo parado ele caminha ainda
As selvas sinuosas da saudade
De ter sido feroz. À sua vinda
Altas correntes de eletricidade
Rompem do ar as lâminas em cinza
Numa silenciosa tempestade.
Por isso ele está sempre a rir de cada
Um de nós, e a morrer perde o veludo
Fica torpe, ao avesso, opaco, torto
Acaba, é o antigato; porque nada
Nada parece mais com o fim de tudo
Que um gato morto.
Reparem isso tudo nesse vídeo de um famoso gato japonês chamado Maru:
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